O Projeto – TITRI

Dizem que gato escaldado tem medo de água fria.

Em função das concessões, na gestão anterior a atual, tentaram implantar o projeto certo, junto com o projeto errado. E aí é claro, sem a quantidade de linhas necessárias, todo mundo odiou o tal “transbordo” de um TI para outro. O passageiro queria entrar num ônibus no centro e descer enfrente a porta de casa…. claro!

Mas “pensemos grande” como dizem àqueles que querem demonstrar visão:

COMO ESTÁ:

Linhas saem ao mesmo tempo com destinos diferentes diretamente do centro em direção aos bairros, utilizando um mesmo corredor por mais de 50% do trajeto, assim como as linhas do continente. Todas utilizando um espaço físico limitado, congestionado e já sem muitas opções.

Exemplos: MonteVerde, João Paulo, Itacorubi, Córrego…

COMO DEVERIA SER:

Citaremos um exemplo para a primeira plataforma:
Vários ônibus, todos saindo em direção ao terminal da Trindade. Havendo lotação de “sentados” sai e encosta outro. Assim, seria possível de acordo com a demanda a cada 5 min sair um ônibus em direção ao TITRI. E aproveitando a demanda,  um pela Mauro Ramos, outro pela Hercílio Luz, outro pela Rua dos Ilhéus, outro pela Alvaro de Carvalho, outro pela Esteves Junior, outro pela Padre Roma, outro pela Beira Mar e outro ainda pela prainha SEM o objetivo de entrar no TISAC.

Com essa varredura do centro em direção ao TITRI com alta freqüência de linhas, o “local” padrão de espera de um ônibus não seria mais o centro e sim o TITRI.

De lá sairiam todas as linhas, aglutinando as pessoas no centro da ilha, e não numa ponta que é o bairro centro.

Hoje, alguém que saia da Praia de Naufragados e venha trabalhar em qualquer região ao norte do bairro Pantanal, necessariamente tem que ir até o centro e pegar outro ônibus de lá. Ou seja 3 ônibus.

Tá certo, da forma como estamos sugerindo, também seriam 3. Mas a rapidez seria bem maior! Porque o trajeto seria Praia Naufragados -> TIRIO -> TITRI -> Bairro do norte.

E ainda alternativamente dependendo do horário e da demanda de pessoas: Praia Naufragados -> TIRIO -> TISAC -> TITRI -> Bairro do norte.

Mas há casos piores: Alguém que more no Campeche e trabalhe na EPAGRI pega 4 ônibus: Campeche -> TIRIO -> TICEN -> TITRI -> Itacorubi, por que todos os horários do Itacorubi saem do TITRI com exceção de 4 que saem do TICEN. Existem também a opção: Campeche -> TIRIO -> TILAG -> Lagoa mas é tão demorado que vale a pena pegar os 4 mesmo.

Idem para as demais plataformas do centro em relação ao TISAC, TISAN, TISJ e TIJAD

O QUE PRECISA:

Para isto acontecer de forma rápida como se fosse o metrô de SP, os terminais teriam que possuir linhas realmente de integração:

Exemplo ILHA, idem para o continente:
TITRI <=> TICEN         TICEN <> TILAG         TILAG <=> TISAC        TIRIO <=> TILAG
TITRI <=> TILAG          TICEN <> TISAC        TILAG <=> TIRIO         TIRIO <=> TISAC
TITRI <=> TISAC          TICEN <> TIRIO         TILAG <=> TICAN       TIRIO <=> TICEN
TITRI <=> TIRIO           TICEN <> TISAN        TILAG <=> TITRI         TIRIO <=> TITRI
TITRI <=> TISAN          TICEN <> TICAN
TITRI <=> TICAN          TICEN <> TITRI

Outra coisa, com a migração da massa de transbordo de TICEN para o TITRI iria faltar espaço no TITRI, então a alternativa seria criar uma ESTAÇÃO de TROCA na Avenida da Saudade.

Sem o objetivo de receber pessoas a pé, apenas de proporcionar a opção de troca de um ônibus do norte com um do sul. Nesta estação os ônibus deixariam as pessoas por uma porta esquerda. Sendo um importante ponto de troca de linhas. Idem no continente para pessoas que vem do sul e se dirigem para o norte e vice-versa. Hoje são obrigadas a vir até o centro para trocar de linha, exemplo: Mora em SJ e trabalha em Biguaçú.

Att,

Busão Floripa.
Tire suas dúvidas! Pergunte! Critique! Faça suas sugestões.

O Projeto – ABORDAGEM

Então, vamos fazer três abordagens:

  1. Como deveria ter sido – Projeto Idealizado Originalmente
  2. Como está – Execuções dos últimos prefeitos
  3. O que podemos melhorar a partir de como está
De 1990 à 2002 como já disse antes, participei do GEDUSTI (Grupo de Estudo de Docentes da UFSC sobre Transporte Integrado), e do que foi idealizado, menos de 1% foi realizado.
Assim, se faz necessário relatar o que deveria ter sido feito, para o conhecimento das pessoas do que seria o ótimo, o que está ruim, e o que será possível melhorar.
E principalmente, para que as pessoas tenham consciência de que toda parte de um projeto mal realizado, além de jogar dinheiro público pela lata do lixo, impede não somente que o restante do projeto certo seja realizado como o encarece necessitando de remendos e adaptações.
Apenas um exemplo: Um viaduto que fora construído errado, para que seja consertado, necessita a sua demolição, ou talvez, muito mais de que 50% do seu valor original para consertá-lo.
Em ambos os casos, a opinião pública se divide, o poder público lava as mãos deixando como está, e o povo, infelizmente não percebe que em qualquer das três situações seu dinheiro foi desperdiçado e que é seu papel impedir e evitar que isso se repita.
Acompanhe nossos posts e fique por dentro!
Busão Floripa.

O PROJETO

O transporte coletivo integrado começou a ser pensado ainda na década de 80. A partir de 1990 começou a tomar corpo.

No governo de Antônio Henrique Bulcão Viana, iniciava na UFSC um movimento entre os professores do centro de Engenharia Civil e do centro de Arquitetura e Urbanismo, juntamente com os alunos, mestrandos e doutorandos para formar um grupo de estudos de modo a viabilizar um projeto técnico para a nossa cidade.

Esse projeto chegou a ser visto em 1993 pelo então prefeito Sérgio José Grando, que na época fez apenas um galpão no Saco dos Limões, hoje ocupado pela Associação de Tênis de Mesa de Florianópolis.

Depois vieram Ângela Amin e Dário Berger e nós sabemos o que eles fizeram.

Acompanhe novos post falando detalhadamente do projeto idealizado e realizado em cada BAIRRO.

Busão Floripa.